ABREU, Martha; XAVIER, Giovana; MONTEIRO, Lívia Nascimento; BRASIL, Eric (org.). Cultura negra volume 1: festas, carnavais e patrimônios negros. Niterói: UFF, 2018.
Apresentação:
Em dois volumes, mostra formas variadas de viver, denunciar e enfrentar a opressão e as desigualdades raciais e de forjar laços de pertencimento e identidades ou estratégias para afirmar direitos e ampliar a cidadania antes e, sobretudo, após a abolição da escravidão. Obra que atende à reivindicação dos movimentos sociais negros do Brasil em prol do direito à memória, à história, à preservação e à valorização de seus bens culturais produzidos no contexto da diáspora.
Desde a Lei nº 10.639, de 2003, que obriga o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, acompanha-se a revisão nos currículos escolares da valorização da história de luta dos negros no país. "Cultura negra" contribui com subsídios aos que desejam trabalhar com o tema na história e na escola. Oferece caminhos por meio de festas, carnavais, músicas, performances, patrimônios e trajetórias de artistas e intelectuais negros para se pensar cultura(s) negra(s) como arena de conflitos e transformação de relações de dominação, como canal de combate ao racismo e fortalecimento das identidades.
Por muitos anos estudiosos acionaram a ideia de cultura popular referindo-se às manifestações culturais e folclóricas que constituiriam a nacionalidade brasileira, quase sempre associando-a à valorização da miscigenação e à afirmação da democracia racial.
Para os autores, essas narrativas trazem armadilhas e efeitos nefastos, principalmente na negação do racismo e à invisibilização do protagonismo de pessoas negras na formação do Brasil. Este livro vai em sentido oposto: desvincula-se da ideia de cultura popular e assume a de cultura negra, como conceito dinâmico e inscrito nas práticas e experiências plurais de seus personagens.
No primeiro volume, a festa negra emerge em expressões que transformam, no tempo presente, a memória do cativeiro e a canção escrava em espetáculo, patrimônio cultural, local de conflito, de luta e afirmação da negritude.
Para baixar o livro gratuitamente no local original, clique aqui!
Para baixar o livro gratuitamente no arquivo da biblioteca, clique aqui!
Sumário:
Apresentação | Martha Abreu, Giovana Xavier, Lívia Nascimento Monteiro e Eric Brasil - p. 7
Da cultura popular à cultura negra | Matthias Assunção e Martha Abreu - p. 15
Parte I - Festas da Liberdade
Festas e lutas políticas: das festas do 13 de maio às festas do Quilombo de São José da Serra, RJ, 1888-2011 | Martha Abreu e Hebe Mattos - p. 30
Abram alas para a abolição: festejos, conflitos e resistências em Minas Gerais (1880-1888) | Juliano Custódio Sobrinho - p. 58
Com pianos e tambores: as festas abolicionistas em Minas Gerais | Luiz Gustavo Santos Cota - p. 82
A festa da abolição do 13 de maio: comemorações, identidade e memória | Renata Figueiredo Moraes - p. 107
O jongo nos palcos teatrais, partituras e clubes musicais no Rio de Janeiro em fins do século XIX e início do século XX | Silvia Cristina Martins de Souza - p. 134
Parte II - Carnavais e Mobilização Negra
Essa fina gente do morro: ocupação, conflitos e representações da Mangueira (1910-1930) | Lyndon de Araújo Santos - p. 162
As escolas de samba cantam sua negritude nos anos 1960: uma página em branco na historiografia sobre o movimento negro no Brasil | Guilherme José Motta Faria - p. 192
Azul, branco e negro: o carnaval da Unidos de Vila Isabel em 1988: Kizomba - a festa da raça | Eduardo Pires Nunes da Silva - p. 219
Parte III - Patrimônios Negros
Sociabilidade religiosa e mestiçagem: a formação das irmandades de pardos no Rio de Janeiro colonial | Larissa Viana - p. 248
Entre o silêncio e o reconhecimento oficial: como se escreve (ou se escreveu) a história do jongo / caxambu em Barra do Piraí | Luana da Silva Oliveira - p. 270
Branco quer aprender dança de preto: valorização e reconhecimento no registro do patrimônio imaterial afro-brasileiro | Elaine Monteiro - p. 294
Jongo da Serrinha: performance negra, violência urbana e mudança social numa comunidade carioca (2003-2010) | Álvaro Nascimento - p. 325
As festas de Congada e o patrimônio cultural negro em Minas Gerais (1970-2015) | Lívia Nascimento Monteiro - p. 345
Entre brechas e proibições: a experiência de brincantes negros do bumba-meu-boi no Maranhão no pós-Abolição | Carolina de Souza Martins - p. 369
Entre a cultura do espetáculo e a identidade negra: os maracatus-nação do Recife na contemporaneidade | Ivaldo Marciano de França Lima e Isabel Cristina Martins Guillen - p. 395
Sobre os autores - p. 425
Apresentação:
Em dois volumes, mostra formas variadas de viver, denunciar e enfrentar a opressão e as desigualdades raciais e de forjar laços de pertencimento e identidades ou estratégias para afirmar direitos e ampliar a cidadania antes e, sobretudo, após a abolição da escravidão. Obra que atende à reivindicação dos movimentos sociais negros do Brasil em prol do direito à memória, à história, à preservação e à valorização de seus bens culturais produzidos no contexto da diáspora.
Desde a Lei nº 10.639, de 2003, que obriga o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, acompanha-se a revisão nos currículos escolares da valorização da história de luta dos negros no país. "Cultura negra" contribui com subsídios aos que desejam trabalhar com o tema na história e na escola. Oferece caminhos por meio de festas, carnavais, músicas, performances, patrimônios e trajetórias de artistas e intelectuais negros para se pensar cultura(s) negra(s) como arena de conflitos e transformação de relações de dominação, como canal de combate ao racismo e fortalecimento das identidades.
Por muitos anos estudiosos acionaram a ideia de cultura popular referindo-se às manifestações culturais e folclóricas que constituiriam a nacionalidade brasileira, quase sempre associando-a à valorização da miscigenação e à afirmação da democracia racial.
Para os autores, essas narrativas trazem armadilhas e efeitos nefastos, principalmente na negação do racismo e à invisibilização do protagonismo de pessoas negras na formação do Brasil. Este livro vai em sentido oposto: desvincula-se da ideia de cultura popular e assume a de cultura negra, como conceito dinâmico e inscrito nas práticas e experiências plurais de seus personagens.
No primeiro volume, a festa negra emerge em expressões que transformam, no tempo presente, a memória do cativeiro e a canção escrava em espetáculo, patrimônio cultural, local de conflito, de luta e afirmação da negritude.
Para baixar o livro gratuitamente no local original, clique aqui!
Para baixar o livro gratuitamente no arquivo da biblioteca, clique aqui!
Sumário:
Apresentação | Martha Abreu, Giovana Xavier, Lívia Nascimento Monteiro e Eric Brasil - p. 7
Da cultura popular à cultura negra | Matthias Assunção e Martha Abreu - p. 15
Parte I - Festas da Liberdade
Festas e lutas políticas: das festas do 13 de maio às festas do Quilombo de São José da Serra, RJ, 1888-2011 | Martha Abreu e Hebe Mattos - p. 30
Abram alas para a abolição: festejos, conflitos e resistências em Minas Gerais (1880-1888) | Juliano Custódio Sobrinho - p. 58
Com pianos e tambores: as festas abolicionistas em Minas Gerais | Luiz Gustavo Santos Cota - p. 82
A festa da abolição do 13 de maio: comemorações, identidade e memória | Renata Figueiredo Moraes - p. 107
O jongo nos palcos teatrais, partituras e clubes musicais no Rio de Janeiro em fins do século XIX e início do século XX | Silvia Cristina Martins de Souza - p. 134
Parte II - Carnavais e Mobilização Negra
Essa fina gente do morro: ocupação, conflitos e representações da Mangueira (1910-1930) | Lyndon de Araújo Santos - p. 162
As escolas de samba cantam sua negritude nos anos 1960: uma página em branco na historiografia sobre o movimento negro no Brasil | Guilherme José Motta Faria - p. 192
Azul, branco e negro: o carnaval da Unidos de Vila Isabel em 1988: Kizomba - a festa da raça | Eduardo Pires Nunes da Silva - p. 219
Parte III - Patrimônios Negros
Sociabilidade religiosa e mestiçagem: a formação das irmandades de pardos no Rio de Janeiro colonial | Larissa Viana - p. 248
Entre o silêncio e o reconhecimento oficial: como se escreve (ou se escreveu) a história do jongo / caxambu em Barra do Piraí | Luana da Silva Oliveira - p. 270
Branco quer aprender dança de preto: valorização e reconhecimento no registro do patrimônio imaterial afro-brasileiro | Elaine Monteiro - p. 294
Jongo da Serrinha: performance negra, violência urbana e mudança social numa comunidade carioca (2003-2010) | Álvaro Nascimento - p. 325
As festas de Congada e o patrimônio cultural negro em Minas Gerais (1970-2015) | Lívia Nascimento Monteiro - p. 345
Entre brechas e proibições: a experiência de brincantes negros do bumba-meu-boi no Maranhão no pós-Abolição | Carolina de Souza Martins - p. 369
Entre a cultura do espetáculo e a identidade negra: os maracatus-nação do Recife na contemporaneidade | Ivaldo Marciano de França Lima e Isabel Cristina Martins Guillen - p. 395
Sobre os autores - p. 425