Anatomia do Estado autoritário no Brasil


LONGHI, Carla Reis. Anatomia do Estado autoritário no Brasil. Curitiba: CRV, 2024.

Apresentação:

A experiência dos últimos anos trouxe à tona a história e a memória da ditadura e suas lógicas de funcionamento, numa situação inusitada e inesperada em que muitos indivíduos se sentiram e se sentem autorizados para a defesa da ditadura e de seus princípios. Nestes tempos turbulentos, os discursos de ódio com práticas violentas e o enaltecimento de torturadores afloraram, desaguando numa tentativa de novo golpe. Isto me fez retomar o interesse em publicar minha tese, que observou a estruturação do aparato informativo-repressivo a partir da análise da documentação de comunicação entre os dois principais órgãos de controle social e produção de informação – o SNI (Serviço Nacional de Informações) e o DEOPS-SP (Departamento Estadual de Ordem Política e Social). Esta pesquisa, atualizada e reformulada, parte da ditadura civil-militar brasileira e tem como interesse ponderar sobre o autoritarismo, aspecto este que transcende a própria ditadura, esmiuçando suas linhagens, lógicas de estruturação e formas de permanências. Falar sobre autoritarismo é refletir sobre ideários e matrizes discursivas, sobre aspectos da cultura política, além de observar os modos de efetivação das práticas propriamente autoritárias. Este percurso nos leva a considerar, também, as expressões da violência e como se estruturam até hoje.

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Sumário:

O que é imprescindível | Maria Aparecida de Aquino - p. 13

Introdução - p. 17

Capítulo 1. O SNI visto por dentro: sobre a gênese do ideário autoritário - p. 29

Capítulo 2. Idiossincrasias de um projeto em construção: a institucionalização como reflexo de um discurso ambíguo ou cindido - p. 59

Capítulo 3. A consolidação da violência como lógica social: o aprimoramento do aparato informativo-repressivo - p. 91

Capítulo 4. Mergulhando no discurso catalisador - p. 117

Capítulo 5. Distensão, transição política e permanências autoritárias - p. 149

Considerações finais - p. 181

Fontes - p. 191

Referências - p. 193

Anexos - p. 201

Índice remissivo - p. 217